quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O estulto


O estulto
Sou chamado para a tolice! Você com certeza não aceitaria isto para sua vida, nem eu para a minha. Seria melhor “sou chamado para a prosperidade”, “sou chamado para o sucesso”, ou coisa do gênero.
A palavra “estulto” no português tem como significado tolo, imbecil, néscio. É uma expressão usada com um certo tom de agressividade.
Lembro-me da reação expontânea que tive na infância, na escola, quando um colega de classe furioso me disse: “Você é um imbecil. Por que contou à professora que eu estava colando?”. Para mim o complicado não foi o sentimento de traição que ele expressava, mas ser chamado por algo que eu não gostaria de ser e não era. Achei que estava fazendo a coisa certa. Mas minha resposta foi muito rápida: “Imbecil é você!” Atitude de crianças, que com certeza não conheciam a profundidade desta palavra. Fico imaginando quantas vezes eu me tornei um estulto, e confesso que foram muitas. Principalmente quando penso na minha relação com Deus.
Você já pensou quantas vezes foi estulto em relação a Deus e à vontade dEle em sua vida?
Todos nós somos passíveis de erros. Somos humanos. Mas muitos desses erros poderiam ser evitados se Deus estivesse em primeiro lugar em tudo na nossa vida.
“Quão grandes, Senhor, são as tuas obras. Os Teus pensamentos, que profundos! O inepto não compreende e o estulto não percebe isto.” (Sl 92.5-6). Ah, quantas vezes eu não percebi que era melhor agir de acordo com os pensamentos de Deus! Perceber a vontade dEle para minha vida e me submeter a esta vontade. Na Bíblia, o termo “estulto” diz respeito principalmente àquele que não se deixa guiar pela vontade divina. Você conhece pessoas assim? Você agiu ou tem agido assim?
Quantas vezes eu e você corremos atrás do vento – e não do jeito inocente das brincadeiras de crianças, em que a ingenuidade e a falta de malícia ainda estão presentes. Corremos atrás do vento com nossa estultice ou estupidez, acreditando que sabemos tanto. Que precisamos, sim, de Deus, mas não da Sua direção em nossa vida.
Em Eclesiastes 2.16 o autor diz: “Pois tanto do sábio como do estulto, a memória não durará para sempre; pois, passados alguns dias, tudo cai no esquecimento”. O sucesso, as realizações pessoais, tudo que for com fim em si mesmo, fica sem sentido. Isto é ser um estulto.
A vida passa muito rápido para investirmos tempo naquilo que não nos acrescentará nada. Imagine a agitação da sua semana, todos os compromissos. Quanto tempo é investido na presença de Deus? Pouco tempo? Isto é ser estulto.
Temos responsabilidade com muitas coisas ao mesmo tempo. Minha vida no ministério exige concentração e organização. A igreja e o ministério que desenvolvo têm muitas áreas. Atendimento, aconselhamento, planejamento, estrutura, alvos, sonhos... Tudo isso, além de um dos valores mais importantes, que é minha família. Se diante de tudo Deus não estiver em primeiro lugar, eu serei um estulto. Mas quer saber mais? Muitas vezes me torno um estulto porque quero resolver as coisas do meu jeito, nas vezes em que parece que Deus está demorando a responder.
Existe muito na vida para se aproveitar, e Deus nos dá esta oportunidade.
Eu te desafio a investir tempo com Deus, a viver uma intimidade com Ele, sendo Ele a primícia de toda a sua vida.
Não queira ser sábio aos seus próprios olhos. “Tens visto a um homem que é sábio a seus próprios olhos? Maior esperança há no tolo do que nele.” (Pv 26:12)
Não queira ser como alguém que não aproveita o privilégio da liberdade de chegar à presença de
Deus.
Que sejamos conhecidos por sermos sedentos de Deus, e não como estultos, que não buscam Sua face. Submeta-se à vontade de Deus. Deixe de ser o estulto.
Pr. Paulo Davi e Silva
Pastor de Adoração
Primeira Igreja Batista de Curitiba 

Um comentário: